quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A lei antifumo e os garçons

De acordo com o governo paulista, não é mais possível existirem fumódromos ou áreas de fumantes porque, entre outros, esses locais prejudicam a saúde dos garçons. Mas, como ainda é possível fumar em tabacarias, devemos concluir que nesses estabelecimentos não existem empregados, o dono trabalha sozinho? Bom, acabamos de encontrar a primeira falha de argumentação: os governos do PSDB nunca se preocuparam com os assalariados.
Sarcasmo à parte, se a preocupação do governo é com os empregados que trabalham em locais insalubres, por que não criaram uma lei que se versasse sobre TODAS as atividades que expõem seus trabalhadores a condições perigosas à saúde? E os professores da rede pública estadual, os motoristas de ônibus, os operadores de rede de alta tensão, todas essas ocupações expõe seus trabalhadores a condições muito mais insalubres do que aquelas a que os garçons estão exposto. Por que não pagar insalubridade aos garçons? Aposto que os donos de bares e restaurantes prefeririam desembolsar a merreca que se costuma pagar por condições insalubres de trabalho do que perder dinheiro com a perda de clientes fumantes.
Bom,há um problema de coerência aí. Vamos pensar...